Fonte: www.g1.com
Empresa de energia acumula dívida de R$ 2,33 bilhões. A Eneva, empresa de energia fundada por Eike Batista e controlada atualmente pela alemã E.ON, apresentou nesta quinta-feira (12) à 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro o seu plano de recuperação judicial.
Para se recuperar financeiramente e manter sustentável suas operações, a companhia propõe a redução global de ao menos 40% do valor total da dívida, de R$ 2,3 bilhões, por meio de renegociações, capitalização de créditos ou concessão de perdão da dívida.
A empresa propõe ainda, de acordo com o plano, a realização de aumento de capital, no valor estimado de até R$ 3 bilhões, ao preço de emissão de R$ 0,15 por ação da companhia, composto por capitalização de créditos detidos por credores quirografários; aporte de ativos por parte dos acionistas, credores e investidores da companhia; e/ou em contribuição em moeda corrente.
O plano também prevê o pagamento integral de até R$ 250 mil por credor, em duas parcelas. O saldo que ultrapassar esse valor será reduzido em, no mínimo, 30%, podendo chegar a até 65%.
Segundo a empresa, as etapas do plano relacionadas ao aumento de capital estão sujeitas à oportuna deliberação em assembleia geral de acionistas.
A empresa afirma que o pedido de recuperação judicial só ocorreu para preservar os principais ativos da empresa – usinas termelétricas –, que, segundo a Eneva, “são operacionais e geradoras de caixa”.
As sete usinas termelétricas operadas pela companhia não foram incluídas no processo, que considera apenas a holding Eneva S.A. e sua controlada Eneva Participações S.A.
A alemã E.ON. assumiu o controle da ex-MPX Energia em maio de 2013, depois que o império de Eike Batista entrou em colapso. O empresário brasileiro, entretanto, ainda detém cerca de 20% das ações da empresa. A E.ON tem participação de 43% e os outros 37% dos papéis são negociados no mercado de ações.
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